quarta-feira, 28 de julho de 2010

Ricardo Ferraço fala sobre a questão dos Royalties

Em seu site, o cadidato a Senador Ricardo Ferraço falou sobre a questão dos royalties para o Espírito Santo:

Está na ordem do dia o debate sobre a partilha dos recursos produzidos pela exploração de petróleo na camada do pré-sal, gerando controvérsias que muitas vezes confundem a opinião pública, em lugar de esclarecê-la.

O Legislativo federal adiou a votação sobre o assunto para depois das eleições, mas temos que nos manter mobilizados até lá, para que Estados produtores - como o nosso - que devem cuidar dos impactos causados pela exploração do petróleo, continuem a receber os royalties, essenciais para que esse ganho de todo o país jamais signifique uma queda da qualidade de vida dos capixabas.

Penso que uma das principais responsabilidades do homem público, diante de questões polêmicas, é levar à sociedade todas as informações disponíveis, para que esta analise os fatos e opiniões e adote o caminho que corresponda ao mais legítimo interesse do Estado e do Brasil.

Além de abordar durante a campanha - de forma simples, direta e honesta - toda a complexidade técnica, econômica e política dessa questão, assim como seus reflexos na vida dos capixabas, é meu dever apontar caminhos e analisar posições ideológicas que estão se confrontando.

Não há dúvida de que a exploração das imensas reservas de petróleo na camada de pré-sal, já iniciada no litoral capixaba e brasileiro, é dos acontecimentos mais importantes na história recente do país e do nosso Estado. Qualquer que seja a dimensão e o valor final das reservas (ainda há controvérsias entre os técnicos), elas dão ao Brasil a oportunidade real de ingressar - dentro de algum tempo - no grupo dos países mais desenvolvidos do planeta, se tivermos visão, qualidade e competencia no planejamento, distribuição e gestão desses recursos.

A contrapartida dessa oportunidade é o risco de que essa inesperada riqueza desvie a atenção prioritária que o país deve dar à reconstrução e modernização de sua infraestrutura, à expansão da indústria e da agricultura e à execução de projetos consistentes de desenvolvimento social.

Entendo e endosso a opinião dos que classificam o petróleo do pré-sal como patrimônio da Nação e de todos os brasileiros. Só não se pode admitir a distribuição indiscriminada ou a centralização total dos recursos na União, em prejuízo de Estados e municípios que conquistaram o direito de receber royalties compensatórios do impacto sofrido com a exploração do petróleo.

Além de constituir perigoso retrocesso político, por negar um dos fundamentos da Federação e da República, tanto a concentração radical quanto a distribuição indiscriminada iriam transferir à União poderes e responsabilidades que a Constituição federal atribui a Estados e municípios.

Em país com as dimensões territoriais e a imensa diversidade econômica, social, cultural e política do Brasil, centralizar ainda mais a gestão dos recursos nacionais é um mergulho no desconhecido e uma decisão do mais alto risco. E os argumentos de que Estados e municípios não aplicam bem os recursos e que a União saberia utilizá-los melhor não encontram suporte na realidade brasileira e nos princípios e modelos consagrados pela moderna gestão pública.

O fundamental é adotarmos critérios que garantam a justa e eficiente aplicação dos royalties, como já se faz no Espírito Santo. Aqui, dos nossos 78 municípios, a exploração do petróleo se dá em apenas 29, mas aqueles onde não se faz a exploração recebem um terço dos recursos, distribuídos proporcionalmente ao número de habitantes e aos indicadores sociais. Assim, recebem mais os municípios cujas necessidades são maiores, porque temos o dever de assegurar um futuro melhor às novas gerações.

Voltarei ao assunto, em breve, para ampliar e aprofundar essa troca de ideias com os capixabas.

Texto: Ricardo Ferraço

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Parlamentares discutem a emenda que muda a distribuição dos royalties do petróleo

A gente pode fazer a diferença

Platão já dizia: o castigo do bom cidadão, quando se afasta da política, é ser governado pelo mau cidadão. Talvez o grande problema de se falar em política seja o atual preconceito que a maior parte das pessoas tem com o tema.
Acontece que política não é uma coisa distante do cotidiano. Falar nisso é falar na busca pelo bem comum. Pensar nisso é pensar no que influencia no público: saúde, educação, distribuição de renda, economia, crescimento.
Não procurar saber ou não falar nada sobre questões relevantes pode trazer conseqüências trágicas ao cotidiano.
Por isso precisamos nos posicionar à respeito do pré-sal. Pressionar juntos o governo federal na busca pelo veto.
Divulgar este blog, seguir o @unidosproveto no twitter, falar com os amigos sobre a campanha no Orkut, no MSN, no facebook... pequenas ações que podem fazer a diferença na garantia do crescimento do nosso estado e na busca pelo bem comum.

sábado, 17 de julho de 2010

Rio e Espírito Santo, bom é dizer não.

Você já parou para pensar no que significa essa emenda Ibsen-Simon? Já está claro que não é justo com o Rio de Janeiro e com o Espírito Santo que eles fiquem sem os royalties. Para Arnaldo Jabor, essa questão vai além da economia, é mais uma mostra da morte progressiva e lenta do Rio de Janeiro.
Para os capixabas, talvez seja uma mostra de que ainda somos nacionalmente vistos como barreira natural para Minas Gerais, apenas - pois nem quando é daqui que vem o ouro negro podemos investir em nós mesmos.
Qual vai ser o próximo passo? O Brasil já decorou com ouro igrejas inglesas e portuguesas sem poder investir nele mesmo na época da colonização.
É isso o que você quer, de novo? Decorar igrejas dos outros que nem sofrem as consequências de vazamentos?

O Rio não pode morrer. O Espírito Santo não pode ficar apenas como um estado satélite, primo pobre do sudeste...
Diria Renato Russo "Se ninguém quer pensar na gente, vamo a gente pensar na gente"!


No vídeo abaixo, uma crônica de Arnaldo Jabor discute essa emenda absurda.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Se defender agora, ou chorar pelo óleo derramado.

Nada menos do que 66 entidades capixabas manifestaram posição favorável ao veto à emenda Ibsen-Simon num documento entregue ontem ao presidente Lula. Está no jornal A Gazeta de hoje.
O presidente não disse ainda se, caso aprovada, vetará a emenda ou não. Por isso, todos precisamos deixar claro que queremos o veto.

O Espírito Santo e o Rio de Janeiro não podem ficar parados.